No museu “Virumbat”, o cicerone dizia ao grupo de visitantes que o verdadeiro nome do homenageado, morador por muitos anos daquela residência, era Cleodospor Acangino. Popularmente conhecido como Virumbat: palavra mágica, que usava para os encantos.
– É verdade que ele transformou um homem num punhado de batatas podres? – indagou o assustado garoto.
– É verdade, e logo veremos. – replicou o cicerone.
Dando continuidade, disse que Virumbat poderia ter tudo o que desejasse na vida, mas como podiam observar, apreciava a modéstia. Sendo a única riqueza existente naquele humilde recinto, a rocha lunar que se destacava no interior do vidro protetor sobre o móvel rústico.
– É verdadeiramente uma rocha lunar? – inquiriu a jovem, olhando-a de perto.
– Cleodospor Acangino que, se vivo ainda estivesse, completaria, no mês vindouro, cento e setenta anos. E esta rocha, reconhecida pelos cientistas como autêntica, encontra-se entre nós, há exatos cento e cinquenta anos ...
– Não é possível! – retrucou a jovem.
– ...Anos tidos como exatos, porque se trata de um presente que ofertou à sua amada Grinelli, ao completar quinze anos de idade. Então, ao portão da residência dessa donzela, sob um belo luar, apreciado por ambos, Virumbat disse-lhe que não trazia a lua por inteiro para não descaracterizar o céu,...
– Nossa!
– ... mas que, se desejasse uma pequena parte lhe ofertaria. Grinelli, dizendo, pois, o que desejava, foi atendida pelo jovem Cleodospor Acangino, que recorreu ao encanto da palavra mágica “Virumbat”. Em seguida, uma pequena parte da lua, ainda irradiando claridade, se fez em suas mãos, possibilitando que lhe fosse ofertada.
– Que romântico! – exclamou a senhora, cujo esposo se encontrava ao lado.
– Mas, Virumbat, posteriormente, transformou Grinelli numa pedra. – observou a jovem.
– Perfeitamente. – afirmou o cicerone.
Percorreram a pequena e humilde residência e atingiram o quintal onde se via Virumbat, em tamanho natural, reproduzido em cera.
– Fora ele um homem mau? – quis saber um dos visitantes.
– Correções, às vezes, impressionam. Certa mulher, dona de poucos atrativos, desejou ser a encantadora Belaflor. Virumbat, após se certificar da permuta, ele, através da palavra mágica “Virumbat”, a transformou na mulher desejada. Porém, dias depois, essa mulher, a ele retornando, e lhe dizendo ter também herdado certa doença crônica, manifestou o desejo de que a permuta fosse desfeita. Virumbat disse-lhe não ser digno da parte dele, até porque não havia escutado nenhuma queixa da outra parte. A mulher, cheia de raiva, o insultou, e ele a transformou num verme.
– Bem feito! – disse o visitante.
Visita ali encerrada, entraram num veículo, tipo Van, e se dirigiram ao antigo mercado de alimentos. No tombado mercado, datado de mais duzentos e cinquenta anos, nada mais era comercializado. Disse o cicerone aos visitantes em volta do cercado:
– O punhado de batatas podres que vemos no centro do gradil se trata do peixeiro Canuiva Gorald.
– Houve briga entre Virumbat e esse homem? – inquiriu um dos curiosos.
– Virumbat, ao tomar as dores de um casal de idosos lesados por esse comerciante, não gostando da intromissão, o destratou. Então Virumbat, que já conhecia a sua fama de desonesto, usando da palavra mágica, o transformou, como podemos ver, num punhado de batatas podres. Durante as noites, ainda é possível ouvir o seu choro. – disse ele olhando para o garoto.
– Vamos, mamãe. – convidou o amedrontado menino.
Deixaram o local e entraram na Van. Minutos depois, o veículo estacionava em local próximo à bacia de um rio, havendo, à margem, cerca de trinta pedras.
– São as lavadeiras petrificadas! – anunciou o garoto.
– São as lavadeiras transformadas em pedras. – replicou o cicerone.
– E qual delas é Grinelli? – inquiriu a jovem.
– A primeira da esquerda. Virumbat faleceu com a dor dessa paixão no peito. Amava Grinelli profundamente, mas ela o traíra. Todas essas suas colegas tinham conhecimento da traição. Então, num certo dia, Virumbat, aqui estando, se entristeceu com os risos de deboche partidos delas. Foi aí que ele as transformou em pedras.
– … Meu Deus…
Disse o cicerone que, à noite, presenciariam um grande espetáculo.
– Peço-lhes, antecipadamente, que se mantenham em profundo silêncio, a fim de que possam ouvir as canções. São canções confeccionadas e introduzidas por Grinelli, e cantaroladas pelas demais. São melodias ternas, com o objetivo de homenagear o grande homem Virumbat.
Dando continuidade, disse que Virumbat poderia ter tudo o que desejasse na vida, mas como podiam observar, apreciava a modéstia. Sendo a única riqueza existente naquele humilde recinto, a rocha lunar que se destacava no interior do vidro protetor sobre o móvel rústico.
– É verdadeiramente uma rocha lunar? – inquiriu a jovem, olhando-a de perto.
– Cleodospor Acangino que, se vivo ainda estivesse, completaria, no mês vindouro, cento e setenta anos. E esta rocha, reconhecida pelos cientistas como autêntica, encontra-se entre nós, há exatos cento e cinquenta anos ...
– Não é possível! – retrucou a jovem.
– ...Anos tidos como exatos, porque se trata de um presente que ofertou à sua amada Grinelli, ao completar quinze anos de idade. Então, ao portão da residência dessa donzela, sob um belo luar, apreciado por ambos, Virumbat disse-lhe que não trazia a lua por inteiro para não descaracterizar o céu,...
– Nossa!
– ... mas que, se desejasse uma pequena parte lhe ofertaria. Grinelli, dizendo, pois, o que desejava, foi atendida pelo jovem Cleodospor Acangino, que recorreu ao encanto da palavra mágica “Virumbat”. Em seguida, uma pequena parte da lua, ainda irradiando claridade, se fez em suas mãos, possibilitando que lhe fosse ofertada.
– Que romântico! – exclamou a senhora, cujo esposo se encontrava ao lado.
– Mas, Virumbat, posteriormente, transformou Grinelli numa pedra. – observou a jovem.
– Perfeitamente. – afirmou o cicerone.
Percorreram a pequena e humilde residência e atingiram o quintal onde se via Virumbat, em tamanho natural, reproduzido em cera.
– Fora ele um homem mau? – quis saber um dos visitantes.
– Correções, às vezes, impressionam. Certa mulher, dona de poucos atrativos, desejou ser a encantadora Belaflor. Virumbat, após se certificar da permuta, ele, através da palavra mágica “Virumbat”, a transformou na mulher desejada. Porém, dias depois, essa mulher, a ele retornando, e lhe dizendo ter também herdado certa doença crônica, manifestou o desejo de que a permuta fosse desfeita. Virumbat disse-lhe não ser digno da parte dele, até porque não havia escutado nenhuma queixa da outra parte. A mulher, cheia de raiva, o insultou, e ele a transformou num verme.
– Bem feito! – disse o visitante.
Visita ali encerrada, entraram num veículo, tipo Van, e se dirigiram ao antigo mercado de alimentos. No tombado mercado, datado de mais duzentos e cinquenta anos, nada mais era comercializado. Disse o cicerone aos visitantes em volta do cercado:
– O punhado de batatas podres que vemos no centro do gradil se trata do peixeiro Canuiva Gorald.
– Houve briga entre Virumbat e esse homem? – inquiriu um dos curiosos.
– Virumbat, ao tomar as dores de um casal de idosos lesados por esse comerciante, não gostando da intromissão, o destratou. Então Virumbat, que já conhecia a sua fama de desonesto, usando da palavra mágica, o transformou, como podemos ver, num punhado de batatas podres. Durante as noites, ainda é possível ouvir o seu choro. – disse ele olhando para o garoto.
– Vamos, mamãe. – convidou o amedrontado menino.
Deixaram o local e entraram na Van. Minutos depois, o veículo estacionava em local próximo à bacia de um rio, havendo, à margem, cerca de trinta pedras.
– São as lavadeiras petrificadas! – anunciou o garoto.
– São as lavadeiras transformadas em pedras. – replicou o cicerone.
– E qual delas é Grinelli? – inquiriu a jovem.
– A primeira da esquerda. Virumbat faleceu com a dor dessa paixão no peito. Amava Grinelli profundamente, mas ela o traíra. Todas essas suas colegas tinham conhecimento da traição. Então, num certo dia, Virumbat, aqui estando, se entristeceu com os risos de deboche partidos delas. Foi aí que ele as transformou em pedras.
– … Meu Deus…
Disse o cicerone que, à noite, presenciariam um grande espetáculo.
– Peço-lhes, antecipadamente, que se mantenham em profundo silêncio, a fim de que possam ouvir as canções. São canções confeccionadas e introduzidas por Grinelli, e cantaroladas pelas demais. São melodias ternas, com o objetivo de homenagear o grande homem Virumbat.
ILUSÃO OU FATO?